Diferenças
entre os plásticos


Na Polgreen, acreditamos que a educação é fundamental para promover uma mudança significativa no que diz respeito ao consumo consciente de plásticos. Com diversas opções disponíveis no mercado, é crucial entender as diferenças entre elas para fazer escolhas que beneficiem nosso planeta. Aqui, abordamos algumas das principais dúvidas e informações relevantes do universo da indústria de materiais plásticos para embalagens.


Plástico Convencional: Termo utilizado para os materiais que são derivados de petróleo e não são biodegradáveis nem compostáveis.


Oxi-biodegradável: Apesar do seu nome conter o termo “biodegradável”, o termo é utilizado de forma equivocada, gerando confusão quanto à educação sobre materiais sustentáveis. São materiais feitos de plástico convencional com um aditivo acelerador de fragmentação. Ao fragmentar-se na presença de oxigênio e raios UV, o material libera microplásticos que conatminam águas e o solo, implicando na poluição da vida selvagem e humana.


Bioplástico: Este é um termo amplo que inclui plásticos que são biodegradáveis, compostáveis, ou feitos a partir de recursos biológicos (biomassa), ou uma combinação destes. Portanto, um bioplástico pode ser biobaseado, mas também pode ser biodegradável ou compostável, independentemente de ser feito a partir de matéria-prima renovável.


Biobaseado: Insto significa que um plástico é (pelo menos parcialmente) derivado de biomassa, ou seja, material orgânico de origem biológica. Exemplo: plantas, árvores, algas, organismos marinhos, microrganismos, animais, etc. O ponto central aqui é a origem do material, não necessariamente a capacidade do produto final se biodegradar. Os plásticos biobaseados podem ou não ser biodegradáveis.


Biodegradável: Materiais que podem ser decompostos por diferentes microorganismos, em condições naturais de temperatura e umidade, em água, dióxido de carbono e composto orgânico, SEM A INCLUSÃO DE ADITIVOS.

ATENÇÃO: “Biobaseado” não é igual a “biodegradagável”.

A Propriedade da biodegradação não depende a base de recursos de um material, mas está antes ligada à sua estrutura química. Por outras palavras, os plásticos 100% de base biológica podem ser não biodegradáveis e os plásticos 100% de base fóssil podem ser biodegradáveis.

Compostável: A compostabilidade descreve a propriedade de ser biodegradável apenas em condições de compostagem industrial ou doméstica, onde existe temperatura e umidade controlados.



O PVA (Álcool Polivinílico)



O PVA (Álcool Polivinílico) se enquadra na categoria de plásticos solúveis em água e biodegradáveis. Este tipo de material difere significativamente dos plásticos convencionais derivados de petróleo por sua capacidade de dissolver-se completamente em água, especialmente em temperaturas mais altas, e posteriormente biodegradar-se em componentes não prejudiciais ao meio ambiente, como água, dióxido de carbono e biomassa.

O PVA não se enquadra nas categorias tradicionais de plásticos, como os plásticos convencionais (por exemplo, PET, PE, PP), que são amplamente utilizados em embalagens e produtos de uso único, nem nos plásticos oxi-biodegradáveis, que se fragmentam em microplásticos. Também se diferencia dos bioplásticos compostáveis (como o PLA), embora compartilhe com ele a propriedade da biodegradabilidade.

Portanto, as sacolas de PVA são melhor categorizadas dentro do grupo de bioplásticos biodegradáveis e solúveis em água, destacando-se por sua capacidade única de dissolver-se em água e por sua compatibilidade com processos de tratamento de águas residuais, onde podem ser eficientemente processadas e biodegradadas.



O PLA (Ácido Poliláctico)


O PLA se enquadra na categoria dos bioplásticos, especificamente dentro dos subgrupos de plásticos biodegradáveis e compostáveis.

O PLA é um polímero derivado de fontes renováveis, como milho, cana-de-açúcar ou mandioca. O PLA é notável por sua rigidez, brilho e transparência, semelhantes às características do poliestireno (PS) ou do polietileno tereftalato (PET), mas com a vantagem adicional de ser compostável em instalações industriais de compostagem ou em compostagem caseira. Isso significa que ele pode se degradar em dióxido de carbono, água e biomassa sob condições específicas de temperatura e umidade, o que o torna uma escolha popular para embalagens de alimentos, utensílios descartáveis, e até alguns tipos de tecidos e embalagens flexíveis.


PBAT (Adipato de Butileno Tereftalato)


O PBAT é um tipo de poliéster biodegradável e compostável, conhecido por sua flexibilidade, resistência ao impacto e propriedades de extensão. Assim como o PLA, o PBAT é categorizado como um bioplástico devido à sua capacidade de biodegradar-se em condições de compostagem industrial e caseira. O PBAT é valorizado em aplicações que requerem propriedades mecânicas superiores, como sacolas de compras e embalagens agrícolas, devido à sua combinação de biodegradabilidade e desempenho.

Ambos, PLA e PBAT, são fundamentais na produção de plásticos que oferecem uma alternativa mais sustentável em relação aos plásticos convencionais, fornecendo opções para reduzir o impacto ambiental dos produtos descartáveis e embalagens no nosso ecossistema.

Tema: Compostagem Caseira

Para compostar uma sacola de amido (PLA) e PBAT em casa, siga estes passos simples:

  1. Preparação:
    Certifique-se de que a sacola não contém resíduos não compostáveis.
  2. Balanceamento:
    Adicione a sacola à sua composteira junto com uma boa mistura de materiais ‘verdes’ (ricos em nitrogênio) e ‘marrons’ (ricos em carbono).
  3. Manutenção:
    Mantenha a composteira úmida e aerada, virando-a regularmente
    para garantir a decomposição eficiente.
  4. Paciência:
    A sacola deverá se decompor em alguns meses, dependendo
    das condições da composteira.

Tema: Práticas Sustentáveis com Embalagens:


  1. Reutilize: Antes de descartar, pense em como pode reutilizar as embalagens.
  2. Escolha Consciente: Prefira produtos com embalagens biodegradáveis ou recicláveis.
  3. Recicle: Participe de programas de reciclagem em sua comunidade.
  4. Apoie o Local: Compre de empresas que praticam a sustentabilidade em suas embalagens e produtos.
  5. Eduque: Informe-se e divulgue sobre as melhores práticas sustentáveis.



Tema: certificações


Peça sempre ao seu fornecedor os certificados que garantem as características de compostagem, biodegradabilidade e/ou redução da pegada de carbono.

Lembre-se que existem diversos certificados relacionados à sustentabilidade de processos e de materiais. Busque entender e pesquisar sobre eles, a final você está investindo seu tempo, dinheiro e credibilidade ao adquirir esses materiais.